Adin que restabelece Estação Ecológica pode ajudar a corrigir 20 anos de injustiça social e abandono ambiental
“O que num primeiro momento poderia parecer desesperador para a comunidade na verdade constitui a primeira oportunidade efetiva de o ambientalismo paulista corrigir 20 anos de erros e injustiças e, com um mínimo de reflexão, criar um modelo de gestão responsável para as Unidades de Conservação, que reconheça a eficiência de políticas públicas vitoriosas no País - que têm se mostrado capazes de assegurar os direitos humanos e a geração de renda - e, principalmente, constatar que somente a presença do homem, da comunidade estabelecida, pode conter a biopirataria, o roubo indiscriminado de patrimônio natural, a ameaça de extinção de nossos valores culturais e, mais ainda, respeitar a constituição e leis federais”, comemora Dauro Marcos do Prado, presidente da União dos Moradores da Juréia, ao comentar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Ministério Público e julgada ontem pelo Tribunal de Justiça de São Paulo que considerou inconstitucional a lei que criou o Mosaico Juréia-Itatins.
“Se o homem da Juréia for tratado pelo menos como bicho já vai representar um grande avanço para qualquer um deles e espero que nenhum se ofenda, mas me sentirei melhor se isso, que é o mínino, acontecer. Nós viemos a São Paulo para trocar experiências sobre gestão em reservas de uso sustentável e estamos chocados, sensibilizados pelo quanto o povo da Mata Atlântica que estamos conhecendo tem se mostrado sofrido, vendo seu modo de vida e sua floresta serem destruídos e com um diálogo com o governo que parece que nunca chegará a lugar algum”, observa o amazonense Antônio Almires, da RDS Uacari.
Também surpreso com a situação, Erivan Moraes, do Conselho Nacional dos Seringueiros, não se conforma com o fato de que ainda possam existir a 150 km da capital do Estado mais desenvolvido do País moradores sem acesso a energia elétrica e comunicação de qualquer espécie, seja por telefonia fixa, móvel ou mesmo radiofônica. Moraes assegura que, mesmo contando em alguns casos apenas com energia de geração termoelétrica a diesel, 90% das Unidades de Conservação do Amazonas, ainda que distantes até 1.200 km da capital Manaus, têm acesso a energia elétrica e comunicação – inclusive via internet –, o que lhes assegura, entre outras facilidades, capacitação profissional à distância.
Os comunitários amazônicos e a UMJ-União dos Moradores da Juréia participam de um programa de visitas a comunidades da Juréia e Vale do Ribeira que culminará com a realização, dia 16 de junho, às 14h30 do seminário “Gestão Participativa em Reservas de Desenvolvimento Sustentável: Integração dos Povos da Amazônia e Mata Atlântica”, promovido pela Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo com patrocínio do Ministério do Meio Ambiente. O grupo esteve ontem com os moradores da RDS do Despraiado e hoje participa de audiência na Câmara Municipal de Pedro de Toledo.
“O que num primeiro momento poderia parecer desesperador para a comunidade na verdade constitui a primeira oportunidade efetiva de o ambientalismo paulista corrigir 20 anos de erros e injustiças e, com um mínimo de reflexão, criar um modelo de gestão responsável para as Unidades de Conservação, que reconheça a eficiência de políticas públicas vitoriosas no País - que têm se mostrado capazes de assegurar os direitos humanos e a geração de renda - e, principalmente, constatar que somente a presença do homem, da comunidade estabelecida, pode conter a biopirataria, o roubo indiscriminado de patrimônio natural, a ameaça de extinção de nossos valores culturais e, mais ainda, respeitar a constituição e leis federais”, comemora Dauro Marcos do Prado, presidente da União dos Moradores da Juréia, ao comentar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Ministério Público e julgada ontem pelo Tribunal de Justiça de São Paulo que considerou inconstitucional a lei que criou o Mosaico Juréia-Itatins.
“Se o homem da Juréia for tratado pelo menos como bicho já vai representar um grande avanço para qualquer um deles e espero que nenhum se ofenda, mas me sentirei melhor se isso, que é o mínino, acontecer. Nós viemos a São Paulo para trocar experiências sobre gestão em reservas de uso sustentável e estamos chocados, sensibilizados pelo quanto o povo da Mata Atlântica que estamos conhecendo tem se mostrado sofrido, vendo seu modo de vida e sua floresta serem destruídos e com um diálogo com o governo que parece que nunca chegará a lugar algum”, observa o amazonense Antônio Almires, da RDS Uacari.
Também surpreso com a situação, Erivan Moraes, do Conselho Nacional dos Seringueiros, não se conforma com o fato de que ainda possam existir a 150 km da capital do Estado mais desenvolvido do País moradores sem acesso a energia elétrica e comunicação de qualquer espécie, seja por telefonia fixa, móvel ou mesmo radiofônica. Moraes assegura que, mesmo contando em alguns casos apenas com energia de geração termoelétrica a diesel, 90% das Unidades de Conservação do Amazonas, ainda que distantes até 1.200 km da capital Manaus, têm acesso a energia elétrica e comunicação – inclusive via internet –, o que lhes assegura, entre outras facilidades, capacitação profissional à distância.
Os comunitários amazônicos e a UMJ-União dos Moradores da Juréia participam de um programa de visitas a comunidades da Juréia e Vale do Ribeira que culminará com a realização, dia 16 de junho, às 14h30 do seminário “Gestão Participativa em Reservas de Desenvolvimento Sustentável: Integração dos Povos da Amazônia e Mata Atlântica”, promovido pela Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo com patrocínio do Ministério do Meio Ambiente. O grupo esteve ontem com os moradores da RDS do Despraiado e hoje participa de audiência na Câmara Municipal de Pedro de Toledo.
Até quem chega agora na nossa região se sensibiliza com nossa realidade,
ResponderExcluironde estamos errando que não conseguimos sensibilizar os que estão no poder? se é que é possivel tal façanha.
obrigada pela contribuição amazonense.
vamos em frente, temos objetivos claros, estamos juntos... avante companheir@s.
Adriana Lima-UMJ